Esta página contém registros importantes sobre o meu trablho como professora de Língua Portuguesa da Escola Machado de Assis, Igrejinha -RS. Estas postagens servem como relatórios das atividades propostas pelo curso Gestar II, oferecido a toda rede, sendo este ministrado pelo também professor Cassiano Haag.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

AAA- 6: Avaliação, revisão e reescrita



Atividade 1
Você já brincou de revisor de textos, leu e revisou os textos dos colegas da sala, assim
como aprendeu a olhar com mais atenção os textos que produz. Nesta aula, você criará,
planejará, produzirá e revisará um novo texto.
Para realizar a atividade, escolha um colega para trabalhar com você e capriche!
a) Recorte da revista ou do jornal trazido para a sala de aula cinco imagens:
1. Uma mulher
2. Um homem
3. Uma criança
4. Um objeto (cadeira, caneta, celular, sapato, bolsa, carro, etc.)
5. Uma paisagem ou ambiente (casa, apartamento, escritório, quarto, etc.)
b) Agora organize as imagens sobre a sua mesa e determine uma ordem para as figuras.

Em seguida, comece a inventar uma história a partir da primeira figura.
Atenção! Você deverá inventar uma parte da história, e o seu colega da dupla deverá
continuar a história a partir da sua invenção e relacionando as idéias à imagem seguinte.
Quando as cinco imagens fizerem parte da história da dupla, vocês deverão criar um
título para o texto.
Agora que a dupla já finalizou a produção, vocês deverão ler o texto atenciosamente
e em voz alta para observar se há alguma informação fora do lugar, ausência ou excesso
de palavras ou se o texto está confuso. Terminada a primeira leitura de revisão, troque de texto com outra dupla e faça a leitura de revisão deste.

Como você irá revisar o texto do colega, e este deverá reescrevê-lo depois das
suas sugestões, será mais fácil utilizar uma legenda de correção coletiva, igual para
toda a turma.
Com esta legenda de correção, todos da sala poderão sinalizar aos autores as diferentes
observações realizadas na revisão do texto.
Aqui estão alguns cuidados essenciais que um revisor de texto precisa ter. Observe
a legenda de correção e utilize-a nesta atividade para indicar ao colega as alterações necessárias ao texto. Caso prefira, você poderá definir com a sua turma outros símbolos e aspectos relevantes à revisão do texto.

AAA-6: Defendendo ideias


Defendendo idéias
Objetivo: Identificar as marcas de argumentatividade na organização dos textos de propaganda.

Quando desejamos convencer alguém sobre a importância de um produto ou de uma
informação, utilizamos o recurso da propaganda. Observe a propaganda a seguir e responda:

1) O que a propaganda divulga?
2) Qual foi a imagem utilizada no anúncio? Por que o anunciante escolheu essa
imagem?
3) O que o texto verbal diz ao leitor?
4) O que há em comum entre a imagem e o texto do anúncio?

Obs.: Solicitar aos alunos que observem atentamente a
imagem da propaganda. Ajude-os a observar os detalhes da imagem e a associá-los ao texto verbal do anúncio.
Antes de iniciar o exercício de interpretação da propaganda, proponha um debate
sobre as informações percebidas pelos alunos na primeira leitura.

TP 3: Estilística


A noção de estilo e o objetivo da Estilística
Compreender a noção de estilo no domínio da linguagem e o objetivo da Estilística.

Leitura do texto: Cada um é cada um

Cada um é cada um, diz a sabedoria popular. E, ouvindo diferentes pessoas
contarem o mesmo gol, chega-se à conclusão de que esta é uma verdade inquestionável,
uma lei irrefutável.
Alguns falam rapidamente, outros são lentos, alguns têm um vocabulário rebuscado,
outros inventam gírias, uns capricham nos erres, outros deslizam nos esses,
Já nos referimos aos sentidos da palavra estilo na linguagem do dia-a-dia. O
mais geral deles aplica-se a toda criação que apresenta traços individuais, inconfundíveis.
Aí se inclui o sentido lingüístico: o modo como o falante constrói sua fala.
O trecho a seguir, retirado de um texto escrito por José Roberto Torero e publicado
na coluna de esportes de um jornal, traduz a opinião bem-humorada do autor
sobre os modos peculiares de cada radialista esportivo anunciar o mesmo gol em um
jogo de futebol.
uns são fanhos, outros são gagos etc... E cada um conta o gol que viu de um jeito
particular, único.
[...]
O narrador objetivo falaria:
“Aos 23 min do segundo tempo, Luís Fernando cruzou para Trindade, que
cabeceou a bola e fez 2 a 1.”
O econômico diria: “Luís. Cruzamento. Trindade. Cabeça. Bola. Redes. Gol.”
O interrogativo: “E não é que o Paysandu ganhou, mesmo depois de estar
perdendo? Quando aconteceu a virada? No meio do segundo tempo, você acredita?
Quem fez o cruzamento? O Luís Fernando. Para quem? Para o Trindade, sabe aquele
que entrou no fim do primeiro tempo? E o que o Trindade fez? Cabeceou para o gol.
Assim o Paysandu está no final contra o Cruzeiro e a dois jogos de disputar a Libertadores
da América, não é demais?”.
[...]
O matemático: “Aos 23 min e 12 s do tempo segundo, o atleta de número 6 fez
um cruzamento parabólico a cinco passos da linha lateral, pondo o círculo na cabeça
do atleta de camisa 16, sendo que este solucionou o problema desviando a esfera
a 45º de sua posição referencial, fazendo-a alojar-se no canto baixo do delta, a 12
centímetros da mão esquerda do palmeirense de camisa número 1.”
O rabugento: “Depois de várias tentativas fracassadas, o Luís Fernando finalmente
acertou um cruzamento, fazendo a bola, sabe Deus como, chegar à cabeça
do Trindade, que, enfim, estava onde devia estar. Contando com a ajuda dos zagueiros
palmeirenses, uns cabeças-de-bagre, ele subiu e desviou a bola sem muita força,
mas o goleiro, mal colocado, não conseguiu defender.”
[...]
O caipira: “Uê, gente, ses não viram, não? Foi assim, ó: O Luís Fernando deu
uma bicanca, e a bola foi parar no meio do fuzuê, onde tava o Trindade. Aí o
danado triscou de cabeça, assim meio de banda, e a bola foi parar lá dentro da rede.
Nem que o goleiro fosse passarinho, ele pegava não.”
Ou seja, cada um é cada um, e cada gol é muitos.

Folha de S. Paulo, “Esporte”, 30/07/2002, D3.

Após a leitura, podemos concluir que há diferentes estilos de tratarmos a mesma informação e que cada um, poderá trazer um resultado diferente.

A partir dessa conclusão, levei alguns desenhos de estilos de roupas, para que cada um escrevesse o que achava que combinava mais com cada mulher/garota:

Depois, pedi que formassem pequenos grupos e que cada integrante teria seu próprio estilo. Assim, deveria dramatizar algumas situações previamente escolhidas para vermos, como cada tipo de pessoa encara a sua maneira uma situação atípica.

Exemplos:
- a filha conta à mãe que reprovou na escola;
- uma garota, não muito bonita, ganha um concurso de beleza e causa desequilíbrio emocional em suas concorrentes; etc

TP3- O Gênero Biografia


Avançando na prática- apliquei com meus alunos a atividade descrita abaixo, mas com algumas adaptações: pedi que retirassem da internet a biografia do autor Carlos Drummond de Andrade e que realizassem uma paráfrase da mesma.

1. Leia com seus alunos a biografia de Carlos Drummond de Andrade, ou de outro
autor cujos textos já tenham sido trabalhados em sala de aula.
2. Procure, com seus alunos, em livros didáticos, ou outros ao seu alcance, outros
textos biográficos.
3. Analise os textos para que eles identifiquem que tipos de informações constituem um texto biográfico.
elaborarem a biografia de alguém importante na escola ou na comunidade.
4. Produção de paráfrase.

Mas o que é uma Paráfrase?
Paráfrase consiste em, reescrever com suas palavras as idéias centrais de um texto. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. A paráfrase mantém o sentido do texto original.

Paráfrase representa uma reescritura do texto original com novas palavras sem que o sentido do mesmo seja modificado. Assim, a paráfrase é uma reprodução da idéia do autor com as palavras do discente (aluno), utilizando-se de sinônimos, inversões de períodos, etc. Trata-se de reescrever o texto original com as palavras do aluno, mas sem alterar o sentido. O autor da paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a idéia do texto. Além disso, são exigências de uma boa paráfrase:

1.Utilizar a mesma ordem de idéias que aparece no texto original.

2.Não omitir nenhuma informação essencial.

3.Não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original.

4.Utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que estão no original e, sempre que possível, um vocabulário também diferente.
[editar] Paráfrase segundo a lei brasileira
Segundo a lei brasileira que trata dos direitos autorais, lei 9.610/98 Art. 47, são livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.[1]

Referências
↑ LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1frase"

AAA- 2: A pontuação e o sentido da frase



EXPLICAÇÂO: A falta de pontuação faz que certas frases não tenham sentido. O problema torna-se maior quando há palavras de mesma grafia, mas que têm mais de um sentido. “Amasse”, por exemplo, pode ser forma de imperfeito do subjuntivo do verbo amar e imperativo do verbo amassar. O contexto e a pontuação contribuem para o sentido.
Ah, se ela amasse a ordem e a limpeza! (imperfeito do subjuntivo)
Amasse o papel e jogue no lixo! (imperativo)

1) Leia as frases seguintes e reflita sobre os sinais de pontuação que elas devem receber para que adquiram sentido.
Então, reescreva-as com a pontuação adequada.

a) João toma banho quente e sua mãe diz ele quero banho frio
b) No porto um navio holandês entrava um navio inglês
c) Voar da Europa à América uma andorinha só não faz verão
d) Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o pai do bezerro

2) Depois de resolver os exercícios, prepare a explicação oral de cada frase que você
pontuou, pois o professor poderá chamá-lo;

3) Leia o poema seguinte, que fala de três belas irmãs. Há quatro modos de pontuá-lo.
Dependendo da pontuação empregada, o poeta declara seu amor por Soledade, por Lia
ou por Iria, ou ainda confessa estar indeciso entre as três.
Três belas que belas são

Querem que por minha fé
Eu diga qual delas é
Que adora o meu coração
Se consultar a razão
Digo que amo Soledade
Não Lia cuja bondade
Ser humano não teria
Não aspiro à mão de Iria
Que não tem pouca beldade.
Pontue o poema de modo que o poeta declare:

a) Seu amor por Soledade.
b) Seu amor por Iria.
c) Seu amor por Lia.
d) Estar indeciso entre as três irmãs.

TP 2- A gramática descritiva e o ensino reflexivo



O "Avançando na prática" dessa sessão, aborda o uso reflexivo da língua, em especial, a concordância verbal.
Para realizar tal atividade, realizei algumas adaptações:

Primeiramente mostrei-lhes a imagem acima e pedi que observassem a forma como a qual foi escrita. Logo após eles teriam que organizar as informações, de forma que o anuncio no caminhão fosse escrito corretamente;

Logo após, fizemos a leitura dos anuncios;

Por fim, pedi que retirassem de jornais alguns anúncios com problemas de concordância verbal, e que fizessem as devidas alterações.

DICA: uma outra forma bacana de trabalhar com concordância verbal é a partir de letras de músicas. Quer uma terrível? Veja a letra da música (se é que podemos chamar de música) CRÉU.

Obs.: Me recuso a publicar essa letra em meu blog!!!

AAA 1- A estranha passageira - STANISLAW PONTE PRETA


1º Orientações aos alunos: Você vai ler um texto cujo título é “A estranha passageira”. Antes, porém, vai fazer previsões sobre ele. Depois da leitura, você poderá compará-las com os significados do texto. Para fazer as previsões, considere as perguntas abaixo:

A história é mais voltada para a realidade ou para a ficção?
Por que será que a passageira é estranha?
Quem é ela?
É passageira de automóvel? Trem? Navio? Avião?
Quem será o narrador, isto é, quem conta a história?
Será sério esse texto? Ou engraçado? Ou triste?

2º Para saber, vamos à leitura!

A estranha Passageira

1 – O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de vôo – e riu nervosinha, coitada.

2 Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. Lá se ia a oportunidade de ler o romance policial que eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem.
Suspirei e fiz o bacano respondendo que estava às suas ordens.

3 Madama entrou no avião sobraçando
um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente. Gorda
como era, custou a se encaixar na poltrona e a arrumar todos aqueles pacotes. Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive que realizar essa operação em sua farta cintura.

4 Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora nem fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. A coisa foi ficando ridícula.

5 – Para que esse saquinho aqui? – foi a pergunta que fez, num tom de voz que
parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo.

6 – É para a senhora usar em caso de necessidade – respondi baixinho.

7 Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos adivinharam
qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou:

8 – Uai... as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro?

9 Alguns passageiros riram, outros – por fineza – fingiram ignorar o lamentável
equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas ela era um azougue (embora
com tantas carnes parecesse um açougue) e não parava de badalar. Olhava para trás,
olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca
e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos para
todos os lados.

10 O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando
ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava
os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:

11 – Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só para ela?

12 Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto
é, em caso de necessidade, saía-se por ela.

13 Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término
do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir os jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.

14 Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para
ficar do lado da janela para ver a paisagem) e gritou:

15 – Puxa vida!!!

16 Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:

17 – Olha lá embaixo.

18 Eu olhei. E ela acrescentou: – Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o
pessoal lá embaixo até parece formiga.

19 Suspirei e lasquei:

20 – Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou vôo.

Preta, Stanislaw Ponte. Garoto linha dura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.

3º Questões de interpretação e concordância verbal;
4º Produção textual: criar um personagem, com riquesa de detalhes, quanto às suas características. Depois, descrevê-lo e desenhá-lo. Após tê-lo criado, construir uma história, também ssobre uma viagem. Porém, a mesma não precisa ser cômica. Mas deve ocorrer durante uma viagem, em mum transporte coletivo.

TP 1- Retrato de velho - Carlos Drummond de Andrade


Inicialmente, não podeia deixar de dizer que este é, sem dúvida, o meu autor preferido.
O trabalho a partir desta crônica foi elaborado da seguinte forma:
1º Questionei os alunos sobre como eles se relacionam comk os avós. Queria que relatassem sobre os momentos de discussão, em relação às divergências de ideias.

2º Entereguei-lhes uma cópia do texto para que realizassem a leitura;

Retrato de velho

Tem horror a criança. Solenemente,
faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. Menino é bicho ruim, comenta. Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.
No trocar de roupa, atira no chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para
lavar. Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta, vasculha,
retira o que é seu, lava-o, passa- o. Mal, naturalmente.
– Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro, para evitar que ele desperdice água.
Espanta-se com os direitos concedidos às empregadas. Onde já se viu? Isso aqui é o
paraíso das criadas. A patroa acorda cedo para despertar a cozinheira. Ele se levanta
mais cedo ainda, e vai acordar a dona de casa:
– Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!
As empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença
ainda é mais terrível.
As netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido de mal
súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que pouca-vergonha
é essa? Esse bandalho aí conspurcando o leito de uma virgem? Ou quem sabe se nem é
mais virgem?
– Vovô, o senhor é um monstro!
E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa.
senhor deixa?
– Não vão sozinhas, vão com os rapazes.
– Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo
quanto é festa.
– Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.
– É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!
Não se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é
guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três meses, e nova mudança, nas mesmas condições. O velho é duro:
– Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! – queixa-se ao sair.
Mas volta.
– Descobri que paciência é uma forma de amor – diz-me uma das
filhas, sorrindo.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Retrato de velho. In A bolsa & a vida. Rio de Janeiro, 1962. p. 207-209.


3º Comentamos o texto;
4º Passei algumas questões de interpretação e também a função gramatical de alguns elementos;

5º Avançando na prática: realizei a atividade descrita, porém com a seguinte alteração: pedi que todos os alun os apresentassem.

"Uma boa atividade para propor a seus alunos é fazer a leitura dramática dessa
crônica, depois de estudada. Descobrir os vários tons usados pelas personagens,
ensaiar em voz alta cada papel não só é motivador como também é uma das melhores
formas para se perceber a importância e as características formais do discurso direto,
que é a forma escolhida pelo narrador para apresentar a fala ou o pensamento das
personagens.
Você pode trabalhar essa leitura conforme os seguintes passos:
1. Depois do estudo do texto, divida a sala em grupos, para que ensaiem a leitura
dramatizada. Eles devem fazer a distribuição de papéis, incluindo o narrador, e
pensando até no tipo de voz e no sexo das personagens.
2. Dê um bom tempo para leitura e releitura (sempre em voz alta) , uma vez que
muito raramente o acerto será de primeira. Todo o grupo opina sobre o tom, o ritmo
mais adequados.
3. Considerados já em condições de fazer a leitura, sorteie o grupo que vai
apresentar-se. Os demais ficam como avaliadores.
4. Os alunos que apresentarem críticas deverão sugerir uma leitura mais adequada,
e eles passarão a ser julgados nesse momento.
5. Não deixe também de fazer sua avaliação, depois da deles.
6. Se quiserem, poderão fazer uma última leitura, agora misturando os vários
grupos."